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Triste Fim de Policarpo Quaresma

Triste Fim de Policarpo Quaresma

Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto

 

(UNIVEST) Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, é  a história de um nacionalista fanático que, quixotescamente, tenta resolver sozinho os males sociais de seu tempo.


(PUC) Da personagem que dá título ao romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, podemos afirmar que  defendeu os valores nacionais, brigou por eles a vida toda e foi condenado à morte injustamente por valores que defendia.


(FUVEST) No romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, o nacionalismo exaltado e delirante da personagem principal motiva seu engajamento em três diferentes projetos, que objetivam “reformar” o país. Esses projetos visam, sucessivamente, aos seguintes setores da vida nacional: cultural, agrícola e político;


(PUC) Associe as obras pré-modernistas (primeira coluna) aos respectivos fragmentos a elas pertencentes (segunda coluna).

I. Triste Fim de Policarpo Quaresma (Lima Barreto) 
II. Os Sertões (Euclides da Cunha)
III. Lendas do Sul (Simões Lopes Neto)

( ) “Canudos não se rendeu. Exemplo único emtoda a história, resistiu até o esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimosdefensores, que todos morreram.”
( ) “Foi assim e por isso que os homens, quando pela primeira vez viram a boiguaçu tão demudada, não a conheceram mais. Não conheceram e julgando que era outra, muito outra, chamam-na desde então de boitatá cobra de fogo, boitatá, a boitatá!”
( ) “Desde moço, aí pelos vinte anos, o amor da Pátria tomou-o todo inteiro. (...) estudou a Pátria, nas suas riquezas naturais, na sua história, na sua geografia, na sua literatura e na sua política.” 

A seqüência correta, de cima para baixo, na segunda coluna, é: II – I – III 


(UFF) TEXTO I 

CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o sabiá; 
As aves que aqui gorjeiam, 
Não gorjeiam como lá. 


Nosso céu tem mais estrelas, 
Nossas várzeas têm mais flores, 
Nossos bosques têm mais vida, 
Nossa vida mais amores. 


Em cismar, sozinho, à noite, 
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o sabiá; 


Minha terra tem primores, 
Que tais não encontro eu cá; 
Em cismar – sozinho –, à noite –
Mais prazer encontro eu lá; 
Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o sabiá. 


Não permita Deus que eu morra, 
Sem que eu volte para lá; 
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá; 
Sem qu'inda aviste as palmeiras
Onde canta o sabiá.
 

DIAS, Antonio Gonçalves. Poesia completa e prosa escolhida. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p.103 

TEXTO II 

Errava quem quisesse encontrar nele qualquer regionalismo; Quaresma era antes de tudo brasileiro. Não tinha predileção por esta ou aquela parte de seu país, tanto assim que aquilo que o fazia vibrar de paixão não eram só os pampas do Sul com seu gado, não era o café de São Paulo, não eram o ouro e os diamantes de Minas, não era a beleza da Guanabara, não era a altura da Paulo Afonso, não era o estro de Gonçalves Dias ou o ímpeto de Andrade Neves – era tudo isso junto, fundido, reunido, sob a bandeira estrelada do Cruzeiro. 
Logo aos dezoito anos quis fazer-se militar; mas a junta de saúde julgou-o incapaz. Desgostou-se, sofreu, mas não maldisse a Pátria. O ministério era liberal, ele se fez conservador e continuou mais do que nunca a amar a "terra que o viu nascer." Impossibilitado de evoluir-se sob os dourados do Exército, procurou a administração e dos seus ramos escolheu o militar. 
.................................................................................. 
Durante os lazeres burocráticos, estudou, mas estudou a Pátria, nas suas riquezas naturais, na sua história, na sua geografia, na sua literatura e na sua política. Quaresma sabia as espécies de minerais, vegetais e animais, que o Brasil continha; sabia o valor do ouro, dos diamantes exportados por Minas, as guerras holandesas, as batalhas do Paraguai, as nascentes e o curso de todos os rios. Defendia com azedume e paixão a proeminência do Amazonas sobre todos os demais rios do mundo. Para isso ia até ao crime de amputar alguns quilômetros ao Nilo e era com este rival do "seu" rio que ele mais implicava. Ai de quem o citasse na sua frente ! Em geral, calmo e delicado, o major ficava agitado e malcriado, quando se discutia a extensão do Amazonas em face da do Nilo. 

BARRETO, Lima. Triste fim de Policarpo Quaresma. In: Três Romances. Rio de Janeiro: Garnier, 1990, p. 17-18 

A valorização do nacional, expressa no poema de Gonçalves Dias (texto I) e nas idéias de Quaresma (texto II), é uma característica presente nos seguintes períodos literários:  Romantismo e Modernismo 
(UFF) No final do romance Triste fim de Policarpo Quaresma, o personagem Quaresma adota uma postura crítica em relação ao nacionalismo que ele adotara no texto II (questão anterior). 

Assinale a alternativa em que esta postura crítica aparece:  "A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio de seu gabinete. Nem a física, nem a moral, nem a intelectual, nem a política que julgava existir, havia." 

(PUC) O autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma é um pré-modernista e aborda em seus romances a vida simples dos pobres e dos mestiços. Reveste seu texto com a linguagem descontraída dos menos privilegiados socialmente. 
O autor descrito acima é:  Lima Barreto 


(UNIFRA) Associe corretamente as colunas: 

1. O Moço Loiro ( ) ...“Raquel tinha a cabeça inclinada para baixo e os olhos fitos no fundo do batel; cedendo a inexplicáveis movimentos de desassossego, suas mãos, que se achavam unidas uma à outra sobre o colo, apertavam-se".(...) "Dir-se-ia que Raquel tinha n’alma um pensamento doloroso. (...) ... Honorina, ao contrário, estava um pouco voltada para fora.”
2. Senhora ( ) ...“Aurélia reuniu o cheque e os maços de dinheiro que estavam sobre a mesa.
Este dinheiro é abençoado. Diz o senhor que ele o regenerou, e acaba de o restituir muito a propósito para realizar um pensamento de caridade e servir a outra regeneração.”
3. Dom Casmurro ( ) ... “Olga tocou no velho piano de Dona Adelaide; e, antes das onze horas, estavam todos recolhidos. Quaresma chegou a seu quarto, despiu-se, enfiou a camisa de dormir e, deitado, pôs-se a ler um velho elogio das riquezas e opulências do Brasil.”
4. Triste fim de Policarpo Quaresma ( ) ...“Capitu estava ao pé do morro fronteiro, voltada para ele, riscando com um prego. O rumor da porta fê- la olhar para trás; ao dar comigo, encostou-se no muro, como se quisesse esconder alguma cousa. Caminhei para ela; naturalmente levava o gesto mudado, porque ela veio a mim, e perguntou-me inquieta: - que é que você tem? (...)”
5. Os Sertões ( ) ... “O povoado novo surgia, dentro de algumas, já feito ruínas. Nascia velho. Visto de longe, desdobrado pelas câmeras, atrelando as canhadas, cobrindo área enorme, truncado nas quebradas, revolto nos pendores - tinha o aspecto perfeito de uma cidade cujo solo houvesse sido sacudido e brutalmente dobrado por um terremoto.”

A seqüência correta é: 1 - 2 - 4 - 3 - 5.


(MACKENZIE) Considere as seguintes associações: 

I - José de Alencar - Iracema - indianismo - Romantismo - narrativa lírica
II - Raul Pompéia - O Ateneu - memorialismo - Modernismo - crônica biográfica
III - Lima Barreto - Triste fim de Policarpo Quaresma - nacionalismo - Realismo - tragédia 

Apenas I está correta.



(UFU) Leia e compare os textos seguintes.

Estou no hospício ou, melhor, em várias dependências dele, desde o dia 25 do mês passado. (...) Eu sou dado ao maravilhoso, ao fantástico, ao hipersensível; nunca, por mais que quisesse, pude ter uma concepção mecânica, rígida do Universo e de nós mesmos. No último, no fim do homem e do mundo, há mistério e eu creio nele. (...) O que há em mim, meu Deus? Loucura? Quem sabe lá? (...) Que dizer da loucura? Mergulhado no meio de quase duas dezenas de loucos, não se tem absolutamente uma impressão geral dela. (Lima Barreto.Diário do hospício)

E essa mudança não começa, não se sente quando começa e quase nunca acaba. Com o seu padrinho, como fora? A princípio, aquele requerimento... mas que era aquilo? Um capricho, uma fantasia, coisa sem importância, uma idéia de velho sem conseqüência. Depois, aquele ofício? Não tinha importância, uma simples distração, coisa que acontece a cada passo... E enfim? A loucura declarada, a torva e irônica loucura que nos tira a nossa alma e põe uma outra, que nos rebaixa... (Lima Barreto. Triste fim de Policarpo Quaresma)

É correta afirmar que: Em ambos os textos, os narradores crêem que o universo e o homem estão sujeitos a uma ordem supra-sensível, misteriosa, que impede a demarcação exata da lucidez e da loucura.
(PUC-SP) O autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma é um pré-modernista e aborda em seus romances a vida simples dos pobres e dos mestiços. Reveste seu texto com a linguagem descontraída dos menos privilegiados socialmente. 

O autor descrito acima é:  Lima Barreto 



(UNIVEST) Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, é  a história de um nacionalista fanático que, quixotescamente, tenta resolver sozinho os males sociais de seu tempo.


(PUC) Da personagem que dá título ao romance Triste Fim de Policarpo Quaresma, podemos afirmar que defendeu os valores nacionais, brigou por eles a vida toda e foi condenado à morte injustamente por valores que defendia.


(PUC-SP) "Iria morrer, quem sabel naquela noite mesmo? E que tinha ele feito de sua vida? Nada. Levara toda ela atrás da miragem de estudar a pátria, por amá-la e querê-la muito bem, no intuito de contribuir para a sua felicidade e prosperidade. Gastara a sua mocidade nisso, a sua virilidade também; e, agora que estava na velhice, como ela o recompensava, como ela a premiava, como ela o condenava? Matando-o. E o que não deixara de ver, de gozar, de fruir, na sua vida? Tudo. Não brincara, não pandegara, não amaraa - todo esse lado da existência que parece fugir um pouco à sua tristeza necessária, ele não vira, ele não provara, ele não experimentá-la. Desde dezoito anos que o tal patriotismo lhe absorvia e por ele fizera a tolice de estudar inutilidades. Que lhe importavam os rios? Eram grandes? Pois se fossem... Em que lhe contribuiria para a felicidade saber o nome dos heróis do Brasil? Em nada... O importante é que ele tivesse sidi feliz. Foi? Não. Lembrou-se das suas causas de tupi, do folclore, das suas tentativas agrícolas... Restava disto tudo em sua alma uma sofisticação? Nenhuma! Nenhuma!" (Lima Barreto)

O trecho acima pertence ao romance Triste Fim de Policarpo Quaresma. Da personagem que dá título ao romance, podemos afirmar que: defendeu os valores nacionais, brigou por eles a vida toda e foi condenado à morte justamente pelos valores que defendia.


(PUC-RS) Triste fim de Policarpo Quaresma, romance de Lima Barreto publicado em 1911, trata do drama de um velho aposentado que se propõe a salvar o Brasil de suas mazelas sociais. Neste romance, a figura feminina  é a personagem que, como amiga de Policarpo, ao término, melhor entende a dinâmica da sociedade.
Espero ter ajudado um pouco... Mas é muito importante para o bom entendimento que você leia o livro ao menos uma vez. Sei que nos dias de hoje ler é meio complicado, mas ainda vale apena tentar. Abraço.